O horizonte infinito logo me aguarda,
Onde o vento uiva forte, adeus, enseada.
Observo os acenos, nessa proa desbotada,
O uníssono das ondas, a alma despedaçada.
Sal por todos os cantos, no mar sem fim,
Em minhas lágrimas, meio mundo se estende,
Entre mim e minha doce amada.
Clamo aos Deuses por proteção,
Que a água não me engula, em sua infinita gula.
Entrego minha prece ao mar, conceda-me se
puder,
A chance de fitar novamente, os olhos
daquela mulher.
Ouço a madeira ruir, gritos, desolação,
Percebo então que não fui atendido,
O mar me envolve, imensidão.